quarta-feira, 22 de agosto de 2012


O BELO

         Muitas vezes nos perguntamos acerca do belo e até nos envolvemos em discussões acerca de algo ou alguém, ora considerando bonito ora considerando feio. Há um ditado que diz "o amor é cego". não por acaso, pode-se dizer que em se tratando de um olhar "acostumado" é verídico que o nosso olhar se acostuma com aquilo que nos é caro. Já um olhar mais apurado e crítico com uma certa neutralidade, pode-se julgar de uma perspectiva totalmente diversa daquilo que se está acostumado.

          O grande músico da Música Popular Brasileira, Caetano Veloso, tem uma composição intitulada "O ESTRANGEIRO",  que é muito bela e ao mesmo tempo provocativa ao elucidar a temática do belo. É fácil perceber em sua canção ele explora os questionamentos acerca do belo e não nos fornece uma definição pura e simplesmente. A dificuldade em conceituar o belo acompanha o homem a muito tempo. Sócrates, por exemplo já dizia que: "Toda beleza é difícil". A partir de Aristóteles, ganha espaço uma nova concepção de belo com uma visão objetiva do belo utilizando-se para isso a simetria. Para Platão, entretanto, a visão mais adequada é aquela subjetiva, segundo a qual, o belo é uma experiência de prazer suscitada pelas coisas. Muito tempo depois, Kant (1724 - 1804), na Crítica do Juízo (1790), propõe a superação da polaridade ao distinguir a beleza de qualquer juízo racional ou moral. O duplo modo de conceituação da beleza é utilizado ao longo da história da arte, desde a Grécia Antiga.
          Porém, além dessa dualidade e da tentativa de superação kantiana, a arte moderna do século XIX - romantismo, realismo e impressionismo - assume uma atitude crítica em relação às convenções artísticas e aos parâmetros do belo clássico, sancionados pelas academias de arte.
          Dado este contexto vale a pena ouvir a música e tirar suas próprias conclusões a respeito do belo, que na minha concepção se encaixa perfeitamente no subjetivismo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário