segunda-feira, 15 de agosto de 2011

OS SIMPSONS E A FILOSOFIA - Os tipos de caráter de Aristóteles

Leia trechos do primeiro capítulo de  Os Simpsons e a Filosofia




Coletânea de Willian Irwin, Mark T. Conard e Aeon J. Skoble


Parte I

Os personagens
Homer e Aristóteles


  Os homens, por mais que olhem, não vêem o que é o bem-estar, o que é bom na vida.

Aristóteles, A Ética a Eudêmio, 1216 a 10

  
     Não sei viver uma vida simples como você. Eu quero tudo! Os aterradores baixos, os atordoantes altos, os insossos meios! Claro que eu posso ofender alguns narizes empinados com meu passo arrogante e meu cheiro almiscarado - Ah, eu nunca vou ser o queridinho dos tais "Pais da Cidade", que soltam a língua, acariciam a barba e perguntam "O que fazer com esse Homer Simpson?"

Homer Simpson, "Lisa's Rival"
  Homer Simpson não passa no teste, se for avaliado moralmente. Isso se nota particularmente quando nos concentramos em seu caráter, em vez de em seus atos (embora ele não brilhe muito também na segunda categoria). Mas, de alguma forma, existe algo eticamente admirável a respeito de Homer. Daí surge a seguinte charada: Se Homer Simpson é moralmente ruim, onde ele é admirável? Investiguemos isso.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

OS SIMPSONS E A FILOSOFIA - Comentario

Hoje estou postando para vocês um pequeno texto do Professor João Luís de Almeida Machado que faz um esclarecedor comentário acerca do livro Os SIMPSONS E A FILOSOFIA. Na próxima semana estarei disponibilizando aqui no Blog uma parte do primeiro capitulo do Livro.
Boa Leitura!
João Luís de Almeida Machado Doutor em Educação pela PUC-SP; Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP); Professor Universitário e Pesquisador; Autor do livro "Na Sala de Aula com a Sétima Arte – Aprendendo com o Cinema" (Editora Intersubjetiva).
Os Simpsons e a Filosofia
Aristóteles, Nietzsche e Kant visitam Springfield

Os intelectuais costumam torcer o nariz para a televisão e suas principais representações. Alegam que a produção cultural televisiva de qualidade se restringe a canais abertos como os canais educativos estatais (com destaque todo especial para a TV Cultura), a determinados programas dos outros canais (como minisséries baseadas em clássicos da literatura, alguns talk-shows ou noticiários) e aos canais da televisão paga onde há uma grande profusão de documentários (Discovery Channel, National Geographic Channel, BBC, Animal Planet,...).

Seriados norte-americanos e novelas brasileiras ganham vulto e destaque na mídia especializada no gênero, mas dificilmente conseguem vencer a dura resistência do mundo acadêmico. É verdade que as barreiras tem sido derrubadas aos poucos, como um autêntico ‘Muro de Berlim’ quebrado pedaço a pedaço. Análises da influência cultural de determinados programas brasileiros e estrangeiros têm surgido no mercado editorial e, para nossa grata surpresa, assinados por especialistas ou intelectuais provenientes de algumas das melhores universidades nacionais e internacionais.

É esse o caso de “Os Simpsons e a Filosofia”, uma coletânea de artigos escritos por respeitados profissionais dedicados a nobres áreas do conhecimento das ciências humanas, especialmente a filosofia. E como tudo isso começou?
Com conversas em encontros casuais, durante as conhecidas “happy hours”, em que depois de dias exaustivos de trabalho nas faculdades e escolas onde lecionavam ou nas empresas em que cumpriam seus expedientes, esses professores e estudiosos conversavam um pouco sobre vários temas, entre os quais, séries de televisão.
Desenho-da-familia-Simpsons

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Nietzsche Parte III

Parte III - Continuação...



Nietzsche não se dedicou apenas à reflexão das melhores reações aos problemas, mas também refletiu sobre quais seriam as mais desastrosas. E concluiu que uma das piores era afogar as mágoas. Era contra qualquer forma de consolação e conforto, pois isto amenizaria o efeito positivo da superação. Por conta disso, tinha horror a bebidas alcoólicas. Ele diz: "Os espíritos mais elevados devem se abster da bebida. A água basta". [O termo “espírito” nada tem a ver com a espiritualidade religiosa; por “espíritos mais elevados” compreendem-se pessoas intelectuais.] Criticava também as religiões, em especial o cristianismo; afirmava que ir à igreja era o mesmo que ir ao bar.