sábado, 26 de novembro de 2011

O PALHAÇO



O filme baseia-se no itinerário de um circo denominado ESPERANÇA. Porém, o foco está nos conflitos de um palhaço que encanta a platéia mas por trás do personagem que encena nos palcos vive um grande conflito: onde encontrar a felicidade?

           Desde os primórdios, o homem sempre se questionou acerca da felicidade. Onde estará a felicidade? Alguns filósofos da Grécia antiga vão afirmar que a felicidade está em desfrutar o presente. Outros dirão que a felicidade está numa vida vivida segundo as virtudes.

O grande problema é que o palhaço não consegue mais encontrar o sentido para aquilo que faz. Ele diz: “eu faço muitas pessoas rirem, mas quem vai me fazer rir?”. O personagem sairá em busca de respostas. Para isso ele abandona o circo e toda sua tropa em busca de respostas. Primeiro ele acredita que sua felicidade estaria em encontrar a mulher amada e parte numa busca desenfreada da garota que ele conheceu em um dos espetáculos do circo. Além disso, ele começa a busca por um emprego, que por certo traria certa tranqüilidade. As decepções começam quando ele descobre que a mulher que ele tanto devota está prometida em casamento e o trabalho gerava monotonia para o seu dia-a-dia. 



É a partir dos desencontros que ele começa a perceber o real significado da sua vida: fazer bem aquilo para o qual nós temos inclinação, ideia representada pela frase de um dos personagens do filme e repassada para o palhaço através do seu pai “O gato bebe leite, o rato come queijo e eu sou palhaço”.

A grande descoberta do personagem é simplesmente edificante: a nossa felicidade não está nos bens, serviços ou pessoas exteriores e sim no nosso interior. A felicidade parte de dentro pra fora. As coisas exteriores só terão sentido se o sujeito primeiramente se encontrar interiormente. Estar bem consigo mesmo e atribuir sentido para aquilo que faz. Se depositarmos a nossa felicidade nas coisas externas, estaremos sempre em busca dela e nunca conseguiremos alcançá-la, visto que o ser humano nunca estará satisfeito.
Isto me faz recordar a canção ‘Segredos’ do grupo musical brasileiro Frejat, na qual uma pessoa procura a sua ‘cara metade’, isto é, a pessoa ideal. No final, a procura só cessará quando houver compreensão de que as pessoas são imperfeitas. Esses são os segredos que devem estar resolvidos dentre de nós, caso contrario não haverá encontro. 

O filme pode despertar varias outras interpretações e lições para a vida, é o típico filme que vale a pena ser visto pois foge a regra do esquema hollywoodianoo  que apela para o sexo e a violência para garantir bilheteria. É um filme brasileiro sob a direção e atuação brilhante de Selton melo, grande talento nacional. E você: concorda com essa percepção? Tem algo a acrescentar? Discorda? Deixe sua opnião.





 

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