quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Economia, desigualdade social, injustiça e imposição da mídia



 Economia, desigualdade social, injustiça e
imposição da mídia para o consumo.

Adam Smith é considerado uma grande referencia para os estudos de economia. Foi ele, por exemplo, quem defendeu o liberalismo econômico, fenômeno caracterizado pela liberdade de mercado e neutralidade do Estado ante os assuntos e decisões econômicas. A economia consiste na regulamentação de praticas que tem como principal característica fazer circular o que é produzido pela sociedade, isto é, pelos cidadãos. Porém, o homem quando opta por viver em sociedade, faz a opção também de se sujeitar as leis que regem um grupo. É o estado o responsável por lutar e defender os interesses daquela sociedade. Sabendo disso, é evidente que o Estado intervenha na economia para proteger o “seu grupo” os “seus cidadãos”. Portanto, acredito que Adam Smith, apesar de ter dado uma enorme contribuição para reflexões acerca da economia pode ter se equivocado ao defender o liberalismo econômico, visto que toda atividade econômica deve ter ligação com o Estado e mesmo que não seja totalmente controlado pelo menos aceite algumas intervenções. O liberalismo é extremamente individualista e pode favorecer um individuo em particular sacrificando os interesses comuns. A ressalva a ser considerada é que o Estado não pode ser intervencionista ao extremo e a ponto de comprometer o bem comum, como o fato que foi verificado na época da cafeicultura aqui no Brasil quando o Estado para beneficiar os donos de terras comprava café e estoca e depois queimava, visando valorização externa do produto. Enquanto isso, uma grande parte da população passava fome. 


            Diante disso, pode-se dizer que tanto o liberalismo quanto o intervencionismo ao extremo são prejudiciais à economia “comunitária” e acabam gerando mau funcionamento e distorções até chegar às desigualdades sociais. Estas existem desde as civilizações antigas. Porém, com o advento do capitalismo e com a globalização, ao mesmo tempo em que favoreceu as trocas comercias contribuíram para a concentração de riquezas. As injustiças sociais vêm acompanhadas de uma ideologia dominante, que rege a sociedade e manipula as vontades individuas e coletivas em favor de um pequeno grupo. 



Segundo Karl Marx toda sociedade é feita de contradições e conflitos. Porém, a mudança só virá quando0 a classe menos favorecida conscientizar-se de seu jugo e unir-se para lutar contra sua situação de subjugado. Em suas idéias Marx defendeu um materialismo histórico e dentro deste destacou o papel da economia. Segundo ele a estrutura econômica era a base para toda organização social (ou superestrutura). A melhor compreensão para esse materialismo histórico seria entender como funciona a alienação do trabalho. Neste, o homem trona-se um ser estranho ao seu próprio esforço e ao produto dele resultado.
            Weber por sua vez tecia uma forte critica a Marx por acreditar que este foi extremamente reducionista e unilaterista ao reduzir toda a vida social e seus acontecimentos ao âmbito econômico. Portanto, Weber busca descentralizar a relevância econômica para diversos setores sociais que estão além da economia como religião, arte, entre outros.

            Para finalizar vale ressaltar que dentro de todos os aspectos abordados até aqui verifica-se uma busca desenfreada por concentração de riquezas e bens. A sociedade capitalista e globalizada cria o mito da inclusão de todos dentro de uma aldeia global na qual a única regra é consumir. Eric From, filósofo ligado à escola de Frankfurt, escreveu uma obra intitulada “O ser o e ter” na qual defende que a sociedade passa por um esvaziamento de sentido, isto é, as pessoas estão perdendo o sentido de ser e de existir e passam a adotar o comportamento consumista, segundo o qual o que vale é o ter e não ser. Aliás, o ter passa a determinar o ser, ou seja, você é aquilo que consome.

Uma das grandes forças deste movimento de manipulação e de controle é a mídia que consegue impor fortes ideologias, na maioria das vezes consumistas. O reflexo de tais acontecimentos é uma sociedade esvaziada de sentido.   





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