O computador manipula dados ou conhecimentos?

            O conhecimento sempre esteve em pauta na história da filosofia que se debruçou prioritariamente na busca de sentido para os vários questionamentos humanos. O desafio para muitos filósofos é a busca de fundamentos para tudo o que o ser humano conhece. Uns acreditam que o sensível ou o inteligível ou os dois são a origem do conhecimento. A grande definição deste termo é elaborada por Platão na Grécia clássica, segundo ele o conhecimento provém de uma crença verdadeira e justificada.  Já para Aristóteles este conceito pode ser subdividido em três áreas diversas: científica, prática e técnica.

Porém, além dos conceitos dados por Platão e Aristóteles existe uma diversidade muito grande de tipos de conhecimentos produzidos pela humanidade: sensorial, intelectual, popular, cientifico, filosófico, teológico, intuitivo.

De modo geral pode-se dizer que conhecimento é resultado de várias atividades intelectuais, sensoriais e emocionais, através das quais é aprendido algo exterior ao sujeito. Ou seja, é tudo aquilo que o ser humano consegue absorver de alguma forma a partir da analise, processamento, interiorização e atribuição de significado para ele e para um determinado grupo.

O conhecimento diferencia-se dos dados e das informações porque está intimamente ligado a uma intencionalidade e faz parte de um significado elaborado pelo homem. Desta forma, pode-se dizer que o conhecimento não pode ser inserido nem manipulado pelo computador, pois, para serem colocados eles precisariam ser traduzidos por meio de representações e a parir daí teríamos apenas informações.

Portanto, o computador manipula dados e informações que ao serem acessados pelos seres humanos receberão significados e tornar-se-ão conhecimento. A vantagem do surgimento dos computadores está relacionada ao importante papel exercido por eles na manipulação de dados de uma forma muito mais veloz e eficaz que o cérebro humano, funcionando como um ótimo aliando na produção de conhecimento.