A
IMPORTANCIA DO CONCEITO NO DISCURSO FILOSOFICO
A filosofia nasceu a
partir do espanto, da admiração e da busca de conceitos. Porém, para Sócrates
não era atividade fácil familiarizar-se com os conceitos, visto que a maioria
absoluta das pessoas estava acostumada a receber passivamente os conceitos
dados ou construídos por outrem. Mas, na filosofia o papel da reflexão e da
construção de conceitos é uma atividade extremamente necessária. A passividade
é inimiga desse processo, já que se não houver refutação ou argumentação
(antilógica) não haverá construção, apenas repetições.
Os sofistas
preocuparam-se com a retórica, isto é, com o poder da argumentação e da
persuasão. Aristóteles, por sua vez, não se contentou e buscou a formulação e
estruturação de um discurso válido que podemos denominar de silogismo. Esse
processo de diferenciação foi fundamental para a ciência que se utiliza de
conceitos e discursos.
Tanto a
filosofia quanto a ciência necessitam do campo conceitual para formular suas
teorias e teses. A investigação de pesquisadores e o desenvolvimento de teorias dentro de uma
determinada cultura dependem da capacidade de diferenciar os conceitos teóricos
que determinam a praxis científica e social. A atividade filosófica será essencial
porque estará baseada na tentativa de elucidar os significados dos conceitos e sua
validade universal.
OS conceitos na
filosofia são imprescindíveis porque sem eles não conseguiríamos ultrapassar as
barreiras do mundo material/ sensível. Com eles pode-se elaborar uma metafísica
que promoveria a integração da vida material com a alma (ou intelecto). Deste
modo, o conceito assume a forma de necessidade universal, sem ele não
poderíamos sequer existir enquanto ser racional e, por isso, estaríamos impedidos
de filosofar e de atribuir significado às coisas. O conceito é o principal
alimento da reflexão filosófica.
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