sábado, 17 de dezembro de 2011



A IMPORTANCIA DO CONCEITO NO DISCURSO FILOSOFICO

A filosofia nasceu a partir do espanto, da admiração e da busca de conceitos. Porém, para Sócrates não era atividade fácil familiarizar-se com os conceitos, visto que a maioria absoluta das pessoas estava acostumada a receber passivamente os conceitos dados ou construídos por outrem. Mas, na filosofia o papel da reflexão e da construção de conceitos é uma atividade extremamente necessária. A passividade é inimiga desse processo, já que se não houver refutação ou argumentação (antilógica) não haverá construção, apenas repetições.
Os sofistas preocuparam-se com a retórica, isto é, com o poder da argumentação e da persuasão. Aristóteles, por sua vez, não se contentou e buscou a formulação e estruturação de um discurso válido que podemos denominar de silogismo. Esse processo de diferenciação foi fundamental para a ciência que se utiliza de conceitos e discursos.
Tanto a filosofia quanto a ciência necessitam do campo conceitual para formular suas teorias e teses. A investigação de pesquisadores  e o desenvolvimento de teorias dentro de uma determinada cultura dependem da capacidade de diferenciar os conceitos teóricos que determinam a praxis científica e social. A atividade filosófica será essencial porque estará baseada na tentativa de elucidar os significados dos conceitos e sua validade universal.
OS conceitos na filosofia são imprescindíveis porque sem eles não conseguiríamos ultrapassar as barreiras do mundo material/ sensível. Com eles pode-se elaborar uma metafísica que promoveria a integração da vida material com a alma (ou intelecto). Deste modo, o conceito assume a forma de necessidade universal, sem ele não poderíamos sequer existir enquanto ser racional e, por isso, estaríamos impedidos de filosofar e de atribuir significado às coisas. O conceito é o principal alimento da reflexão filosófica.

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